17 de dezembro de 2009

O último adeus...

Os lençois enrolados no meu corpo, o frio e o calor se misturavam, o suor molhou minha pele e não conseguia parar de me revirar na cama. Levantei, caminhei meio zonza até o banheiro, lavei o rosto, desci vagarosamente as escadas que me levavam até a sala e sentei-me no sofá.
Mil pesamentos passavam em minha cabeça, estava tudo aceleradissimo em meio a minha lerdeza que foi causada pela insônia, estava desnorteada. Tomei um copo d'água com açucar, porque segundo minha progenitora isso acalma as pessoas, e sinceramente? De nada adiantou, ainda estava perdida dentro de mim mesma. Então como uma tentativa desesperada de me situar na vida peguei uma dose de vodca pura e acendi um cigarro, por alguns instantes me senti uma viciada sem cura, pois houve uma certa calmaria, mas não demorou muito para que tudo voltasse a tona. As lembranças não me deixavam em paz, o mundo parecia girar ao contrário com um narrador ditando tudo que vivi, onde errei, onde acertei... Gritava PÁRA para mim mesma, mas de nada adiantava! Tudo que mais desejava naquela hora era a existência de um botão escrito 'delete' no meu cerébro, para excluir esses tormentos que me colocam nessa insônia que mais parece um pesadelo. Ou quem sabe o jeito era desliga-lo? Sim eu sei que a morte é um caminho muito fácil, já queviver é díficil, porém se você estivesse em meu lugar entenderia! Apenas deixo esse bilhete, para que você entenda minha situação. Não achava outra escapatória a não ser a morte, a felicidade abandonara a minha vida e por mais que eu tentasse tê-la novamente, acaba só me afundando cada vez mais nesse mar de angústias e dor que criei. Perdoe-me se causei infortunios na sua vida, e depois da morte causei trsitezas...Mas entenda que agora sou livre para encontrar a paz,

Adeus!

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